Venda de produtos

A captação por meio da venda de produtos tem a vantagem de gerar recursos livres, não atrelados a projetos específicos e que podem ser utilizados da forma que a organização achar melhor.

Recomendamos que se tenha dois cuidados:

• Cheque se o estatuto da sua organização permite a venda de produtos. Caso contrário, terá de alterar o estatuto para poder adotar essa estratégia. 
• Verifique a legislação tributária do seu estado e da sua cidade em relação à venda de produtos, para saber quais impostos deverá pagar.

Venda de produtos com a sua marca: se a organização para a qual você vai captar é conhecida, se recebe muitos visitantes ou se costuma organizar muitos eventos (tanto presenciais quanto virtuais), você pode pensar em produzir produtos com a marca da entidade e vendê-los para levantar recursos. Podem ser canecas, camisetas, relógios, lápis, cadernos e até outros artigos diretamente relacionados com a atuação da OSC.

Para esta modalidade de captação dar certo, você vai precisar de um investimento inicial para produzir as mercadorias – tanto para a parte de criação como a de fabricação propriamente dita. É preciso uma boa campanha de divulgação, de modo que quem visite a organização, seja fisicamente ou por meio do site ou redes sociais, fique sabendo da venda dos produtos. E também é necessário conseguir viabilizar a operação da venda, ou seja, receber o dinheiro e entregar a mercadoria. 

Venda de produtos feitos por beneficiários: esta estratégia é interessante porque pode reverter recursos para a organização e para os beneficiários dela. Mas só é possível caso sua organização trabalhe com um público que produza algo – normalmente artesãos, costureiras ou cozinheiras. Os desafios são os mesmos da venda de produtos com sua marca: requer investir na criação e na fabricação das mercadorias, na divulgação dos produtos e na operação da venda.  

Venda de produtos da sua organização em estabelecimentos de terceiros: neste caso, você faz parceria com alguma loja disposta a vender produtos com a sua marca ou feitos por seus beneficiários e repassar parte do lucro para sua organização. Essa parceria é boa pois você só precisa fazer uma entrega (para a loja) e não tem de se preocupar com a operação comercial da venda de cada artigo. Mas não pense que é só deixar a mercadoria e depois receber o dinheiro. O papel da organização na divulgação dos artigos à venda na loja é importante assim como elaboração de material a ser exposto no ponto de venda, para chamar a atenção e explicar que se trata de um produto social. 

Venda de produtos sociais de terceiros em estabelecimentos de terceiros: além de artigos feitos por sua organização ou beneficiários, existem produtos sociais, elaborados por terceiros, com o objetivo de serem vendidos, cobrirem os custos de produção e distribuir o lucro para OSCs. Talvez o produto mais conhecido desse tipo sejam as revistas vendidas nos caixas de farmácias. Elas são feitas exclusivamente com o intuito de captar recursos para organizações sociais. Para viabilizar essa estratégia é possível tornar-se beneficiário de produtos sociais já existentes ou criar um novo produto social e fazer parceria com empresas dispostas a fabricá-lo e distribuí-lo. 

Leilão: se a organização tem algum objeto de valor, vale promover um leilão beneficente e levantar recursos. Pode ser camisa autografada de algum ídolo do futebol, caixa de garrafas de vinho ou até ingressos para um show. O leilão pode ser virtual e existem plataformas prontas para isso, evitando que você tenha muito trabalho com tecnologia. Por outro lado, você terá o trabalho de divulgação do evento para garantir a participação de muita gente. O ideal é fazer uso de alguém conhecido para fazer o convite. 

Bazar: quando falamos de bazar, nos referimos a receber doações de bens que serão vendidos a fim de gerar receita para a organização. Esta é uma operação complexa porque é preciso retirar a doação, fazer a triagem do que serve para a venda, providenciar eventuais reparos para aumentar o preço do artigo e ter um espaço físico para armazenamento das mercadorias. Além disso, é necessário definir como funcionará o seu bazar: será físico, virtual ou híbrido? Permanente ou eventual? Isso pesa no quanto você terá de investir e se dedicar, mas organizações que se especializaram nessa estratégia de captação conseguem levantar muitos recursos.