Como organizações financiadoras de projetos sociais no Brasil escutam

Este conteúdo aborda a pesquisa realizada por Luísa Bonin, apoiada pela Fundação Alexander von Humboldt, sobre as práticas de escuta das organizações financiadoras de projetos sociais no Brasil. O estudo compara as práticas de filantropia entre o Brasil e a Alemanha, com foco em fundações, institutos e áreas de responsabilidade social empresarial. A pesquisa busca entender como essas organizações escutam as pessoas diretamente impactadas pelos serviços filantrópicos.

Este conteúdo também aborda uma crítica ao uso do termo “beneficiário” no campo filantrópico, propondo o uso de “pessoas diretamente impactadas pelos serviços filantrópicos”. A pesquisa sugere que as organizações filantrópicas devem encarar essas pessoas como especialistas de suas próprias realidades, e não meros receptores passivos de ajuda.

O relatório propõe que, para melhorar as práticas de escuta nas organizações financiadoras de projetos sociais, é essencial aprender com as experiências dessas pessoas. Ao aplicar metodologias como a “Constituent Voice” e o “Feedback Loop”, as organizações podem aprimorar seu processo de escuta e, consequentemente, seu impacto social. O relatório também reflete sobre os desafios impostos por questões como a crise climática, a pandemia e a crescente pobreza.